TACs firmados garantem segurança dos trabalhadores em obras do Águas Claras Shopping

Empresas e Condomínio assinam documentos comprometendo-se a regularizar situação

O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF), representado pela procuradora Renata Coelho, recebeu denúncia sobre possíveis irregularidades na obra de expansão do Águas Claras Shopping.

A equipe pericial da Instituição constatou que o meio ambiente de trabalho era perigoso e não respeitava normas de saúde e segurança previstas na legislação para trabalho em altura.

Entre os itens apontados, destaque para utilização equivocada do talabarte – dispositivo de união que tem a função de conectar o trabalhador à estrutura – e do trava-quedas, aumentando a distância de queda livre em caso de acidente.

Utilização do talabarte conectado diretamente ao trava-quedas, bem abaixo do nível da cabeça, prejudicando o Fator de Queda
Utilização do talabarte conectado diretamente ao trava-quedas, bem abaixo do nível da cabeça, prejudicando o Fator de Queda

A tela de proteção incompleta foi outra irregularidade encontrada. Ela é a responsável por proteger o trabalhador de possível queda de objetos.

Andaime com tela de proteção incompleta e sem guarda-corpo em todo perímetro
Andaime com tela de proteção incompleta e sem guarda-corpo em todo perímetro

 

Andaime com montantes sem os encaixes devidamente travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou similiar
Andaime com montantes sem os encaixes devidamente travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou similiar

A gravidade dos itens apontados no relatório pericial, motivou a convocação da empresa responsável pela obra – Atividade Vertical Construções Ltda. –, bem como o Condomínio do Águas Claras Shopping & Office pela procuradora Renata Coelho.

Após a notificação, o representante da Atividade Vertical Construções esclareceu que a situação foi “totalmente regularizada” e concordou em assinar Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a cumprir, fielmente, o que dispõe as Normas Regulamentadoras para trabalhos em altura.

A empresa informou que os equipamentos foram alugados da Locsolo Locadora de Equipamentos Eireli, que também assinou TAC nos mesmos termos.

Já o Condomínio firmou Acordo para garantir a fiscalização devida de empregados ou terceirizados que prestam serviços à empresa. Ficou estabelecido o dever de exigir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a necessidade de supervisão para trabalhos em altura e a realização de avaliação das condições de trabalho no local.

A procuradora Renata Coelho destacou que “é responsabilidade do empregador manter seguro o local de trabalho de seus empregados, bem como garantir os equipamentos de proteção coletiva e individual, fiscalizando o uso e o cumprimento das normas de saúde e segurança”.

As multas pelo não cumprimento das obrigações assumidas variam de R$ 2 mil a R$ 5 mil.

Inquérito Civil nº 000028.2019.10.000/8

 

Tags: tac, saúde e segurança

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