MPT discute erradicação do trabalho infantil com professores do Centro Educacional 1 da Estrutural

Crianças são mais vulneráveis aos acidentes de trabalho

Hoje (9/6), foi dia dos professores do Centro Educacional (CED) 1 da Estrutural se tornarem multiplicadores das ações de combate ao trabalho de crianças e adolescentes por meio do Projeto MPT na Escola. Participaram da palestra 23 educadores. O CED 1 tem 1.900 alunos.

A procuradora Valesca de Morais do Monte, coordenadora regional de erradicação do trabalho infantil do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, revelou que as crianças são mais vulneráveis aos acidentes de trabalho, principalmente no caso de trabalho infantil doméstico. “Os maiores prejuízos que a criança tem no trabalho infantil doméstico, que é o mais comum no Distrito Federal, são as chances de sofrer violência sexual ou maus tratos, além de o risco de corte ou queimadura, que são os dois acidentes mais comuns entre as crianças em situação de trabalho precoce”, explica.

Durante a apresentação, a procuradora Valesca Monte enfatizou a importância da aprendizagem no processo de erradicação do trabalho infantil.

A professora Farlisya Carvalho, que ensina Português, Matemática, Geografia, História e Ciências para estudantes do 5º ano, ficou empolgada ao saber que os adolescentes, com 14 anos ou mais, tem direito à aprendizagem profissional.

No início de 2016, a educadora identificou um dos seus alunos em situação de trabalho, ajudando os pais no Lixão da cidade. Ela fez contato com a unidade de orientação da escola e encaminhou a denúncia ao Conselho Tutelar.

Com as informações apresentadas na palestra do MPT, a professora se sentiu mais empoderada para lidar com situações semelhantes. “Eu não sabia sobre essa possibilidade da aprendizagem. Vou procurar o Centro de Orientação Educacional da escola para que esse meu aluno seja inserido na aprendizagem. Para ele, essa pode ser a melhor alternativa”, esclarece.

O mesmo sentimento foi compartilhado pela coordenadora Andyara Nunes. “Todas as informações que foram dadas hoje agregaram bastante, porque tem muita coisa que a gente não sabe como lidar. Agora, temos um norte para desenvolver melhor nosso trabalho”, afirma.

 

 

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